sábado, 28 de abril de 2012

Caverna do Dragão: o fim


Conheça um pouco mais da história do desenho  de grande sucesso e a versão do roteirista do desenho para o final  da história.

"Este episódio foi escrito de forma que tivesse um duplo sentido, ambíguo e triunfante: se o desenho não continuasse, o final seria satisfatório; se continuasse, o episódio serviria de trampolim para uma nova direção".

Michael Reaves

Uma dos desenhos de maior sucesso no Brasil, a Caverna do Dragão foi uma série de animação co-produzida  pela Marvel Productions, TSR, e Toei Animation. Inspirada no famoso RPG "Dungeons  and Dragons", que dá nome ao desenho na versão americana, a série teve três temporadas transmitidas originalmente entre os  anos de 1983 e 1985 pela rede norte-americana  de televisão CBS. No Brasil, o desenho é transmitido pela Rede Globo desde os anos 80. Atualmente, limitando-se a algumas reprises.



O seriado conta a história de um grupo de jovens em um parque de diversão que, durante o passeio, em uma montanha russa, acabam  sendo teletransportados  por um portal para um outro mundo de fantasia medieval. Lá, portando armas mágicas,  passam a receber instruções do Mestre dos Magos, uma espécie de conselheiro e entidade boa. Na  tentativa de encontrar o caminho de volta para a casa, acabam tendo que  enfrentar  em diferentes momentos o Vingador,  um ser maléfico, de um chifre só, que tentar de todo jeito roubar as armas mágicas para destruir o Mestre dos Magos e assumir o poder do mundo. No reino da fantasia, também vive a criatura de nome Tiamat, um dragão de cinco cabeças, que guarda o cemitério dos ossos de antigos dragões. Depois do Mestre do Magos, Tiamat é a única criatura que o vilão  Vingador teme.

Para muitos fãs,  as lembranças da série não  ficam somente nos inesquecíveis personagens, mas também de uma história sem fim. Apesar de muitas versões criadas, a Caverna do Dragão nunca teve o final gravado. O que levou  a criação de diversos boatos. Em um deles, os personagens estariam mortos e o Vingador e o Mestre dos Magos seriam a mesma figura maléfica, que queria, na verdade, punir os jovens por não serem boas pessoas no mundo real. Ainda segundo essa versão, a história seria tão sombria a ponto de a CBS decidir cancelar a exibição.

Em  um outra teoria, os papéis do Mestre e do Vingador se  inverteriam, sendo o último o verdadeiro mocinho. Mais do que isso, a unicórnio Uni seria uma figura diabólica mandada pelo Mestre para impedir que os jovens retornassem para casa. Na história, por diversas vezes, o animal foi  o responsável por impedir o grupo de chegar  ao lar.

Nenhum desses boatos, no entanto, foi confirmado pelos diretores e produtores na época que chegaram a fazer algumas declarações sobre o boato, conforme foi publicado, em reportagem de 2005, pela revista Herói.

-- Não há verdade alguma nisso. Nenhum episódio assim foi produzido. Tiamat não é um anjo e nem ajuda de maneira nenhuma -- explica Gary Gyrax, produtor e criador de Caverna do Dragão.

O roteirista Mark Evanier também  fala da  inexistência da macabra versão.

-- Isto é completamente falso! Apesar de vários finais possíveis terem sido discutidos, nenhum último episódio foi realmente produzido --  declara  Evanier.
Não há um verdadeiro final para história. O roteiro escrito, em 1985, por Michael Reaves, com o  título Requiem,  é o que mais se aproxima de um fim para o desenho. Mas para a surpresa don próprio roteirista não foi aprovado pelos produtores que, ao final do terceiro ano, decidiram cancelaram o seriado sem motivos claros. 






O final da Caverna do Dragão


Resumo da sequência final do último capítulo "Requiem" da Caverna do Dragão escrito pelo roteirista da série Michael Reaves.







No inicio do capítulo final, o Vingador e o Mestre dos Magos encontram-se. O Vingador propõe um teste para a coragem dos garotos. Caso eles sejam bem-sucedidos, eles encontrarão a chave. Caso fracassem, perderão tudo, tanto suas armas quanto suas vidas. "Assim seja", diz o Mestre dos Magos.

Em outra cena, aparece diante dos garotos uma hidra, um monstro de várias cabeças. Eles são observados pelo Mestre dos Magos e pelo Vingador. Tentam inutilmente derrotar o monstro e, em situação de extremo perigo, pedem ajuda ao Mestre dos Magos, que diz, severamente: "Vocês entraram nessa situação sozinhos, meus jovens amigos... então saiam dela sozinhos." E desaparece.

Após um esforço sobre-humano, eles finalmente derrotam a hidra, e começam uma longa jornada. Desolados, acreditam que foram abandonados pelo Mestre dos Magos. O Vingador aparece e diz que o Mestre dos Magos finalmente revelou sua verdadeira face. O Vingador propõe enviar os garotos de volta para casa em troca de um favor: devem ir em direção à fronteira do reino, onde encontrarão um mausoléu. Lá, haverá uma chave que eles devem jogar no abismo.

Eric, Presto e Sheila pensam ser essa a única maneira de voltar para casa. Hank, Diana e Bobby dizem que jamais confiaram no Vingador. Os dois grupos se separam e seguem por caminhos distintos, mas ambos em direção à fronteira do reino. O grupo liderado por Eric encontra um navio, que Presto faz voar. O grupo de Hank segue voando em um dragão de bronze.

Hank: "Por que você acha que estamos aqui, Diana ?".

Diana: "No Reino ? Sempre acreditei que fosse para derrotar o Vingador".

Hank: "Eu também, mas talvez o Vingador tenha razão. Talvez as coisas não sejam tão simples".

Os dois grupos acabam encontrando-se no ar, e Hank pede que o outro grupo pare. Eric diz que é a única maneira de voltarem para casa. Hank tenta forçá-los a parar com uma flecha, e acaba derrubando-os. Hank, Diana e Bobby acreditam que os demais estão mortos.

Muda a cena pro mausoléu, em que estão o Vingador e o Mestre dos Magos.

Vingador: "Você perderá, velho. O desejo que eles tem de voltar para casa é mais forte do que tudo. Sem seu apoio eles estarão perdidos".

Mestre dos Magos: "Sua coragem não falhará. Eles farão o que deve ser feito."

Vingador: "Veremos. Há algo no mausoléu que testará sua coragem."

Descobre-se que Eric, Presto e Sheila sobreviveram à queda. Eles caminham em direção ao mausoléu. Eric, Bobby e Diana fazem o mesmo, mas um grupo não pode ver o outro devido ao terreno acidentado. Eles entram, e acabam se encontrando, com grande alegria.

Há uma nova discussão para saber se eles farão ou não o que o Vingador solicitou. Então, surge um monstro enorme, um amebóide, que os ataca. Eles correm e lutam contra o amebóide, até que, após muito esforço de todos, Bobby consegue enterrá-lo sob uma parede. Como isso acaba impedindo o caminho, eles são obrigados a seguir em frente, para desgosto de Hank.

Mestre dos Magos: "Eles estão vindo, Vingador. Cheios de dúvidas e suspeitas uns em relação aos outros, mas ainda estão vindo."

Vingador: "Eles ainda podem falhar... E falharão. Não celebre sua vitória ainda, velho."

Mestre dos Magos: "Não sou eu quem será o vencedor, Vingador. Será você."

Os garotos entram no santuário, que agora está vazio, exceto por eles e por um sarcófago. Diana aponta para uma parede quebrada, além da qual há um abismo. Os garotos aproximam-se calmamente, e observam um precipício sem fim, envolto em névoa noturna - a fronteira do reino. Estrelas cintilam na profundezas do abismo, e pilares do tamanho de um continente sustentam o reino.

Sheila aproxima-se da abóbada, onde há uma fechadura praticamente escondida. Presto aproxima-se do sarcófago, onde há uma figura esculpida. É um homem em armadura de guerreiro, braços cruzados sobre o tórax. Seu rosto, apesar de nobre a sereno, sem asas, chifre e outros traços de maldade, é inquestionavelmente o Vingador.

Eles abrem o sarcófago, onde há apenas uma chave de metal ordinário. Eric diz: "Temos a chave. Basta jogá-la no abismo para irmos para casa." Hank responde: "Você ainda não entendeu que jamais iremos para casa confiando no Vingador ?" Eles discutem e lutam pela chave. Hank diz: "Eric, lembra-se do que você disse sobre todo esse reino ser uma prisão ? Eu acho que você está certo. Todos somos prisioneiros aqui - inclusive o Vingador. E esta é a chave."

A discussão é interrompida pela chegada do amebóide. Eles o enfrentam. Sheila, Uni, Presto e Diana são presos pelos monstro. Bobby bate com o tacape no chão, provocando uma onda de choque que obriga o amebóide a largar seus amigos, mas que derruba Hank no abismo. Os outros garotos agrupam-se, lutando contra o amebóide. O Vingador materializa-se diante deles e ordena que Eric jogue a chave no abismo. Eric parece duvidar e, de repente, toma uma decisão: corre para a abóboda e abre a fechadura.

Um oceano de luz sai por detrás da porta. O amebóide desaparece. A luz mágica envolve o Vingador, que inutilmente tenta livrar-se e grita de medo. Raios de magia irrompem por todo o reino, permitindo que diversos povos, com imensa alegria, voltem para suas terras natais. A cidadela do Vingador é destruída.

Os garotos aproximam-se do abismo, temendo o pior, mas verificam que Hank está vivo e o tiram do precipício.

Começa então a seqüência final.

Hank: "Ei! O que está acontecendo com o Vingador ?"

Todos viram-se e vislubram uma luz intensa. O Vingador, envolvido pela luz, é transformado na figura nobre e majestosa de um cavaleiro, semelhante à que havia esculpida no sarcófago. Ele olha para si mesmo e duvida. Quando ele fala, sua voz é a do Vingador, mas sem o seu tom sinistro.



Os garotos assistem a tudo temerosas. Hank ergue seu arco em um gesto de triunfo: "Eu estava certo. Nossa missão no reino não era derrotar o Vingador - era redimi-lo."

O novo Vingador aproxima-se dos garotos. Então, em frente de todos, uma explosão de luzes prismáticas aparece e forma o Mestre dos Magos. Ele olha para o Vingador, e sorri. O Vingador ajoelha-se diante dele.

Vingador: "Pai, eu voltei."

Uni aconchega-se entre as mãos do Vingador. O Mestre dos Magos, com lágrimas nos olhos, diz aos garotos: "Obrigado, jovens aprendizes. Vocês fizeram a única coisa que estava acima do meu poder... vocês trouxeram meu filho de volta a mim."

Os garotos olham-se confusas.

Eric: "O Vingador é seu filho ?"

Presto: "Não há muita semelhança nessa família."

O Vingador sorri: "Muitos anos atrás, eu escolhi seguir outro mestre - o mal. Eu aprisionei neste mausoléu tudo o que o Mestre dos Magos havia-me dado. E agora vocês libertaram-me."

O Mestre dos Magos ergue suas mãos, e um último raio surge da abóbada, incidindo perto dos garotos e formando um portal, onde elas podem ver o parque de diversões.

Mestre dos Magos: "Vocês restituíram ao Reino sua liberdade. Eu não posso fazer menos por vocês. Vocês estão livres para retornar para o seu mundo agora, caso assim o desejem."

Os garotos olham-se com imensa alegria, e o Mestre dos Magos continua:

"Ou vocês podem ficar aqui, no Reino. Há ainda muito mal a ser combatido, e muitas aventuras a serem trilhadas."

Os garotos e Uni param em frente ao portal, com o Vingador de um lado e o Mestre dos Magos do outro.

Mestre dos Magos: "A escolha, meus filhos, é de vocês".

Os garotos olham-se, sorrindo, com lágrimas de alegria em seus olhos, prontas para fazerem a maior de todas as suas escolhas. A câmera se afasta, através da parede destruída do mausoléu, mostrando a fronteira do Reino. A câmera percorre montanhas, nuvens, até que por fim tem-se uma incrível vista: o próprio Reino, com sua gama de terras e de formas de vida, com seus perigos e com suas alegrias; um novo reino agora, mas ainda, e sempre: o Reino da Caverna do Dragão.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Os Vingadores à moda retrô

Filme Os Vingadores, que estreia nesta sexta-feira, ganha versão retrô no Youtube.  Com cenas antigas das séries  para TV,  fãs criam uma super produção, direto do túnel do tempo, dos famosos personagens da Marvel.

A série de HQ criada em 1963 por Stan Lee e Jack Kirby conta a história da formação do time de super-heróis recrutados por Nick Furry, diretor de manutenção da paz da organização S.H.I.E.L.D, para impedir que o vilão Loki, irmão de Thor, destrua o planeta Terra. Confira o super lançamento como se estivesse em 1978.


terça-feira, 24 de abril de 2012

O primeiro filme de terror

"Le Manoir du Diable" ou " A Mansão do Diabo" é considerado o primeiro filme de terror da história do cinema. Produzido em 1896 por Georges Méliès , o filme, considerado pioneiro do gênero terror, conta, em apenas três minutos, a história de um cavaleiro que entra na mansão do Diabo e é aterrorizado pelas magias do demônio.

Em cena, o destaque vai para a genialidade de Méliès, que, em um show de magias e ilusões faz aparecer fantasmas, demônios, esqueleto e mesmo transforma um morcego em homem. Na época, o público parisiense que assistia a projeção, no teatro Robert Houdin, em Paris, surpreendia-se a cada transformação e personagem que surgia nas imagens.

Apesar de ser considerado o primeiro do gênero, meses antes, o próprio Méliès teria filmado um outro curta de mesmo formato chamado de Une Nuit Terrible.

Veja, abaixo, o clássico que daria o ponta pé para o gênero mais apavorante e fascinante da telinha.


sábado, 21 de abril de 2012

Não se faz política sem vítima



A frase acima é de autoria do presidente que de fato nunca assumiu a presidência. Tancredo Neves era um dos políticos que sabia lidar com as artimanhas de um  país que engatinhava na democracia. Não escondia que na política a arma da dissimulação devia estar sempre engatilhada. Ao mesmo tempo, compartilhava a necessidade de um governo que fosse reafirmado sob a soberania do povo brasileiro.

No dia 21 de abril de 1985 morria, em São Paulo, Tancredo Neves, advogado, industrial, administrador e político brasileiro. Sua morte aconteceu na véspera da sua posse como presidente do Brasil, fato que causou comoção nacional. Tancredo Neves havia sido eleito para o cargo pelo colégio eleitoral, na primeira eleição para presidente do Brasil após 21 anos de regime militar.
Nascido no dia 4 de março de 1910, em São João del Rei (MG), ele começou a carreira política como vereador da sua cidade natal. Depois, foi deputado estadual (1947-1951), deputado federal em cinco legislaturas e senador (1979-1983). Também foi ministro da Justiça de Getúlio Vargas (junho de 1953 a agosto de 1954), tendo passado pela grave crise política que levou Vargas ao suicídio. Em seguida, foi diretor do Banco de Crédito Real de Minas Gerais (1955-1956) e do Banco do Brasil (1956-1958), além de secretário de Finanças de Minas Gerais (1958-1960) e presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (1960-1961).

Em setembro de 1961, assumiu como primeiro-ministro do governo parlamentarista de João Goulart, cargo que ocupou até 26 de junho de 1962. Após passar por várias legislaturas como deputado federal e também uma como senador, em 1982, foi eleito governador de Minas Gerais pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Renunciou ao governo estadual em agosto de 1984 para disputar a presidência da república pelo colégio eleitoral, em janeiro de 1985. Venceu a eleição, mas adoeceu gravemente na véspera da posse. Morreu no 21 de abril de 1985. Mesmo sem nunca ter tomado posse, é oficialmente reconhecido  como um dos ex-presidentes do Brasil.



quarta-feira, 18 de abril de 2012

Cientistas apontam que lua teria influência no acidente com o Titanic



Artigo do jornal  La Vanguardia






O naufrágio do famoso transatlântico, em abril de 2012, continua sendo objeto de análise e investigações de todo o tipo. Agora, astrônomos da Universidade do Texas-San Marcos realizaram, no mês de março, um estudo que propõe uma nova causa para a tragédia. O resultado, embora curioso, mas nem por isso menos relevante, atribui à Lua parte da culpa pelo choque contra um grande iceberg que fez com que o navio naufragasse.

Após um grande trabalho científico investigativo (nas palavras dos autores do artigo, publicado na Sky & Telescope), chegou-se à conclusão que durante o mês de janeiro de 1912, poucos meses antes do acidente, a Lua e o Sol se alinharam e, ao mesmo tempo, a Lua teve a sua maior aproximação com a Terra em 1.400 anos, tendo seu pico ocorrido aos seis minutos da Lua Cheia, e um dia depois que a Terra teve seu momento de maior aproximação ao Sol. Estas condições, juntamente com um grau de coincidências beirando o impossível, teriam gerado uma maré excepcionalmente alta que, entre outras coisas, fez com que grandes icebergs perto da superfície se desprendessem e se deslocassem, acompanhando as correntes oceânicas do sul.

Por esse motivo, os cientistas acreditam que, embora a causa direta do naufrágio do Titanic tenha sido sua colisão com um iceberg, teria sido a posição incomum da Lua o que causou o aparecimento de uma grande quantidade de blocos de gelo, ou seja, as probabilidades de que esse acidente pudesse ocorrer naquele exato momento eram muito elevadas.


segunda-feira, 16 de abril de 2012

Há 123 anos nascia o gênio Chaplin




No dia 16 de abril de 1889 nascia, em Londres, Charles Spencer Chaplin, mais conhecido como Charlie Chaplin. Mundialmente famoso pelas suas atuações nos filmes do cinema mudo, ele também foi diretor, produtor, empresário, escritor, roteirista e músico.


Com o uso da mímica e do pastelão, Chaplin é bastante conhecido pelos seus filmes “O Imigrante”, “O Garoto”, “Em Busca do Ouro”, “O Circo”, “Luzes da Cidade”, “Tempos Modernos”, “O Grande Ditador”, “Luzes da Ribalta”, “Um Rei em Nova York” e “A Condessa de Hong Kong”.


Seu principal e mais famoso personagem ficou conhecido como Carlitos ou "O Vagabundo" no Brasil. Trata-se de um andarilho pobre de modos refinados. Com o seu bigodinho típico, ele vestia um fraque preto desgastado, assim como suas calças e sapatos, estes maiores do que o seu pé, além cartola e bengala. 


Em 1952, Chaplin deixou os EUA e nunca mais voltou, pois teve seu visto negado por conta da perseguição ideológica que sofria na época do macarthismo. Depois disso,decidiu viver na Suíça.
Chaplin é o cineasta mais homenageado de todos os tempos. Ainda em vida foi condecorado Cavaleiro do Império Britânico, recebeu a Ordem Nacional da Legião da Honra (França), Doutor Honoris Causa (Universidade de Oxford) e ganhou o Oscar especial pelo conjunto da obra, em 1972. Chaplin morreu no dia 25 de dezembro de 1977, em Corsier-sur-Vevey, na Suíça.


*matéria History Channel

Veja o filme "Tempos Modernos" que consagrou Chaplin à eternidade

domingo, 15 de abril de 2012

Dossiê Titanic - 100 anos do Desastre




15 de abril de 1912. O maior e mais luxuoso navio de passageiros construído na época bate em um iceberg e afunda nas gélidas águas do Atlântico Norte. Mil e quinhentas pessoas morreriam naquele dia em uma das maiores tragédias marítimas da história. 


O ano de 2012 marca o centenário da tragédia doTitanic, mas é também uma lembrança de que mesmo com os avanços na area da tecnologia e de segurança dos navios, não estamos livres de tragédias no mar. O naufrágio do navio de viagem Costa Condórdia, no começo deste ano, colocou em xeque a superação do maior dasastre marítimo.

A viagem do Titanic ,até seu trágico destino, começou  cinco dias antes no porto de Queenstown(hoje Cobh), na Irlanda. Sob o comando do comodoro da White Star line, Edward John Smith, um dos mais experientes e respeitáveis oficias da marinha, o grandioso navio partiu, no dia 11 de abril, da Europa, em meio a um clima de festa, com destino final em Nova York, Estados Unidos. Trajetória de ida e volta que se acreditava ser completada em 18 dias.




Apesar da certeza da imprensa e da população de que a embarcação era uma das obras mais perfeitas já construídas, um dia antes, de levantar âncora oficialmente, o Titanic teria o seu primeiro incidente. Ao sair do porto, no sul da Inglaterra, em Southampton, o movimento das águas provocado pelo deslocamento do casco rompeu as amarras de um navio menor que foi aspirado pelo transatlântico. A embarcação só não foi destruída por causa das habilidades de um capitão que guiava um dos rebocadores que puxava o grandioso navio.

Mas nada iria abalar o deslumbramento das 2.208 pessoas, entre passageiros e tripulantes, que subiram a bordo. Divididos em três classes,  os viajantes se viram diante de um luxuoso hotel flutuante, no qual mesmo as acomodações mais modestas refletiam a ostentação e riquezas de uma mega construção. O Titanic dispunha de nada menos que sete conveses principais, denominados por letras, algo inimaginável até então.




Segundo reportagem de Paul Roger, publicado na Revista História Viva, nos conveses D, E, F e G estavam localizados os 297 compartimentos da terceira classe e o espaço reservado à tripulação, com um refeitório no convés F. No convés D ficavam os salões de refeição dos passageiros da primeira e da segunda classe, que dispunham de 267 cabines, ocupando praticamente um terço da parte traseira do navio. Os conveses A, B, C, D e F eram reservados à primeira classe e contavam com um saguão de acesso, um salão de refeição, salas para fumantes, biblioteca e convés-passeio. Além disso, a primeira classe dispunha de um ginásio, de uma piscina, de um jardim de inverno e de restaurante à la carte. 

Dentre os ilustres passageiros que formavam uma espécie de elite transatlântica estavam  o presidente da White Star, lorde Bruce Ismay; o major But, secretário pessoal do presidente dos Estados Unidos; o coronel Astor, um dos homens mais ricos da época; Benjamin Guggenheim, “o rei do cobre”; e Charles Melville Hays, presidente de uma empresa ferroviária canadense.


A diferença nas acomodações evidenciavam as delimitações e diferenças entre as três classes que ocupavam o transatlântico. Distinções que explicam os números de vítimas salvas no desastre.Dos números de passageiros resgatados:  203 de 325 da primeira classe foram salvos(62%), 118 de 285 da segunda (41%) e 178 de 706 da terceira classe (apenas 25%) com apenas um terço das crianças resgatadas.  O baixo número de salvamentos da última classe pode ser explicado em três aspectos:  no primeiro, do convés superior à terceira classe havia portas que permaneceram fechadas; segundo, a distância dos conveses inferiores aos superiores era muito grande; por fim, a língua também era um motivo de entrave para muitos que tentaram socorro. Vindos da Escandinávia ou do Leste Europeu, poucos passageiros da terceira classe falavam ou compreendiam o inglês.

"Rachado ao meio, ele afunda sob os olhares aterrorizados de quem tinha sobrevivido"




Um sonho que virou pesadelo. Era essa a constatação de muitos que voltaram a terra firme ainda sem acreditar no que havia acontecido. O navio que nem Deus poderia afundar, às 02h20, rachado ao meio, mergulhava por completo nas profundas e gélidas águas do Atlântico Norte na madrugada de 15 de abril de 1902.

O céu estava estrelado apesar de não haver lua, o que deixava uma imensa escuridão pela frente.  Foi com surpresa  que o vigia Frederick Fleet gritou para o colega Reginald Lee durante o seu turno no posto mais alto da embarcação."Minha Nossa! Um iceberg! Ali, bem em frente ...". Após a visão, uma espera de 37 segundos distanciava o Titanic do bloco de gelo de 18 metros. Por três vezes, Fleet tocou de forma desesperada o sino que avisava que um perigo estava adiante. Mensagem rapidamente capitada pelos oficiais em serviços e retransmitida para o oficial sênior Willian Murdoch, que no mesmo instante ordenou ao timoneiro: "tudo a bombordo!" (à esquerda). Murdoch em seguida chamou a sala de máquina: "motores à ré, força total!" Finalmente, usou o último recurso que dispunha e que havia dado fama ao transatlântico de inafundável, conforme revela a reportagem da revista História Viva.
"Em caso de emergência, 15  anteparas estanques se fechariam automaticamente, separando o casco do navio em 16 compartimentos, impedindo que a água inundasse toda a embarcação."




No entanto, nenhuma ação surtiu efeito e nada impediu que o lado direito do navio batesse no iceberg, e fosse raspado pelo gelo por cerca de 90 metros. Não houve rasgos, mas a pressão foi tamanha que as chapas de aços foram se soltando uma a uma, permitindo que a água entrasse nos compartimentos.

Acordado pelo tremor, cinco minutos depois, às 11h40, o comandante Edward John Smith correu até a ponte onde seria avisado sobre o que havia ocorrido. Imediatamente chamou um dos principais idealizadores e projetistas do Titanic, Thomas Andrews, para acompanhá-lo até a proa e ver a dimensão do danos. Ao retornarem, estava perceptível nas faces dos dois homens que era tarde demais. A partir de então, o comandante passa a contactar as embarcações mais próximas e preparar a evacuação.

A embarcação mais próxima era a do navio inglês Carpathia, que estava a 100 km do Titanic. Mesmo aumentando a velocidade o navio só conseguiria chegar dentro de cinco horas. Tal conta passou pela cabeça do comandante Smith que naquele momento refletiu que só havia botes suficientes para salvar metade da população a bordo, cerca de 1.178 lugares.

Somente pouco depois da meia-noite que os viajantes receberiam a informação de que o navio precisava ser evacuado. Notícia que foi recebida com incredulidade por muitos passageiros. Principalmente das classes A, que quase não tinha sentido o impacto.  No entanto, para a terceira classe a realidade era diferente. A batida havia sido mais intensa na parte inferior, fazendo com que alguns caíssem da cama. Logo após a batida, os conveses inferiores foram invadidos pela água.

Para diminuir o pânico, que começava a se formar no convés do navio, às 00h15, a orquestra de Wallace Hartley recebeu informações para que tocassem músicas alegres, que deveriam acalmar os passageiros. Missão que seria cumprida de modo profissional até o fim pelos 8 músicos.

Por volta de 01h20, o oceano já devorava as letras do nome da embarcação. Com a insuficiência dos barcos, a população começa a entrar em pânico. Os botes eram colocados com muita dificuldade na água graças a inclinação do navio e o desespero dos passageiros.  O décimo quarto barco, enquanto descia, quase foi invadido por homens nervosos. que só foram impedidos pela ação do tenente Lawrence. Para impedir a entrada dos homens, o tenente sacou sua arma e  deu três disparos para o alto, impedindo a invasão.

Pouco mais de 02 horas da manhã, o comandante Smith volta a tentar contactar navios e pedir ajuda. Dianta da impossibilidade do socorro rápido, ele decide dispensar os homens dos seus postos e permanecer à espera do fim irremediável. Talvez tenha passado na cabeça do comodoro, naquelas horas de aflição, que aquele era o seu destino. Pouco antes de assumir o Titanic, Smith já havia decidido que aquela seria a sua última viagem. De fato foi.




Às 02h18,  a água já tomava os andares do navio, as luzes piscavam sucessivamente até que, de repente, tudo ficou preto. Por trás dos gritos desesperados, ouvia-se um estranho barulho. Naquele momento, o navio se rompeu entre a terceira e a quarta chaminé. Com a tensão, o casco rasga-se  por completo e faz a popa levantar quase verticalmente.

Em poucos segundos, a última parte do Titanic, um dos mais suntuosos navio que já existiu, seria engolida pelo oceanos. "No bote nº 5, o terceiro-oficial Pitman notou que eram 2h20" da manhã do dia 15 de abril.

Somente às 04h30, o navio Carpathia chegaria  para fazer o primeiro resgate dos salva-vidas lançados ao mar. Das 2.208 pessoas que subiram ao bordo, no dia 11 de abril, somente 499 sobreviveriam para contar a trágica história do transatlântico.


Confira a história da última sobrevivente do Titanic


+ Twitter reproduz a história do desatre como se tivesse acontecido hoje através de posts

'Titanic' Theme Song

A última sobrevivente do Titanic



Millvina Dean, última sobrevivente do naufrágio do transatlântico Titanic, morreu em um domingo do mês de maio há quase três anos, em um asilo de Hampshire, no sudeste da Inglaterra, aos 97 anos. 



Matéria publicada no site Oglobo no dia 31 de maio de 2009. (Abaixo, entrevista da sobrevivente ao Fantástico em 1995)

Ela tinha apenas 9 semanas de vida quando o navio afundou, depois de se chocar contra um iceberg no dia 15 de abril de 1912, e era a mais jovem passageira a bordo.
O desastre causou a morte de 1.517 pessoas, principalmente porque não havia botes salva-vidas suficientes. Entre as vítimas, estava o pai de Millvina Dean, Bertram. Sua mãe e irmã também sobreviveram e voltaram para Southampton, o porto de partida do navio, onde Dean passou a maior parte de sua vida.

Recentemente, ela começou a ter dificuldades em pagar pelo quarto que ocupava no asilo e já tinha uma dívida de 3 mil libras, o equivalente a quase R$ 10 mil. Ela começou então a vender suas relíquias relacionadas ao Titanic para angariar fundos, entre elas a bolsa de pano que foi usada em seu resgate.

Os atores Kate Winslet e Leonardo de Caprio, estrelas do filme Titanic, de 1998, deram ajuda financeira à sobrevivente, assim como o diretor do longa, James Cameron, doando dinheiro para um fundo criado por amigos de Millvina Dean.

Apesar de não ter lembranças do desastre, ela sempre disse o naufrágio mudou sua vida, já que ela deveria ter crescido nos Estados Unidos em vez da Grã-Bretanha. Outro bebê, de 11 meses, estava a bordo do Titanic quando ele afundou, Barbara Joyce West. Ela faleceu em outubro de 2007, deixando Dean como a última sobrevivente do Titanic.


Alguns erros da reportagem da TV Globo

1- O Titanic não foi o primeiro navio a mandar um SOS.  A primeira mensagem de socorro usando as letras, por rádio,  foi feita pelo navio Arapahoe, que se encontrava perdido ao norte do continente americano em 1909
2 - SOS não significa "Save Our Souls" ("Salve nossas almas") conforme informa a matéria. Essas e outras associações às letras como "Save Our Seamen" ("Salve nossos marinheiros"), "Save Our Ship" ("Salve nosso Navio") ou "Survivors On Shore" ("Sobreviventes na costa") foram dadas a fim de facilitar a lembrança da ordem das letras. Sendo um código, SOS não tem significado.
3- O navio não bateu em um iceberg às 23h45, mas às 23h35.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Eterna Garota de Ipanema

      Há 60 anos, o cenário musical mundial seria impactado com uma das mais belas canções já criadas. De melodia suave, letra fácil, Garota de Ipanema sai das mediações da zona sul do Rio de Janeiro para ganhar o mundo.
        A canção nascida da ilustre parceria entre Tom Jobim (música) e Vinícius de Moraes (letra), mais do que levar a bossa nova para todos os cantos da Terra, contribuiu para o reconhecimento do patrimônio musical brasileiro. Em 64, a canção é gravada por João Gilberto no álbum Getz/Gilberto. A obra ganharia os dois maiores prêmios concedidos pelo Grammy, Oscar da música, de melhor gravação e melhor álbum. Vitória bastante expressiva uma vez que os concorrentes eram nada menos que Elvis Presley, Beatles e Frank Sinatra.
        Muitos foram os músicos que se aventuraram a tocar e cantar a melodia que deu a cara do Rio de Janeiro. Como dupla homenagem, Lugar de Memória traz a gravação feita por Amy Winehouse, lançada no seu último álbum.


terça-feira, 10 de abril de 2012

Yesterday para sempre hoje



Yesterday é simplesmente a canção mais regravada de todos os tempos segundo o Guiness Book e a Revista Rolling Stones. Lançada no álbum Help!  dos Beatles, a canção foi fruto dos sonhos de Paul McCartney em uma manhã de maio há 47 anos. A letra seria composta, no mesmo ano de 65, na ida de Paul a Portugal. De lá pra cá, teria sido gravada mais de três mil vezes por artistas como Frank Sinatra, Ray Charles, Elvis Presley, Plácido Domingo, Simone de Oliveira entre outros. 

A canção tem como pano de fundo um amor do passado que sobrevive nas lembranças do presente. No livro Roberto Carlos em detalhes, o autor Paulo César  de Araújo narra como teria sido o momento que McCartney teria criado uma de suas obras-primas.

"Numa manhã de maio de 1965, Paul acordou com uma melodia na cabeça que tinha todo o frescor de um sonho. Imediatamente ele foi para o piano que havia no seu quarto em Wimpole Street, em Londres, e tocou a música inteirinha, completa, com primeira e segunda parte. Ainda não tinha letra e ele a chamou de Scrambled eggs. Mas Paul ficou encucado, achando que já tinha ouvido aquela melodia em algum lugar. Então passou vários dias mostrando para os amigos e perguntando se eles já não a conheciam. Não, ninguém nunca tinha escutado aquilo antes." *


Abaixo, letra de Yesterday e algumas versões gravadas da canção.

Yesterday                                                              Ontem
All my troubles seemed so far away                       Todos os meus problemas pareciam tão distantes
Agora parece que eles vieram pra ficar                 Now it looks as though they're here to stay
Oh, eu acredito no passado                                   Oh, I believe in yesterday


De repente                                                            Suddenly
Não sou metade do homem que costumava ser    I'm not half the man I used to be
Existe uma sombra pirando sobre mim                  There's a shadow hanging over me
Oh,ontem veio de repente                                     Oh, yesterday came suddenly


Porque ela teve que ir eu não sei                          Why she had to go I don't know
Ela não me disse                                                    She wouldn't say
Eu disse algo errado e agora eu sinto falta            I said something wrong now I long
Do ontem                                                                For yesterday


Ontem                                                                     Yesterday
O amor era um jogo fácil de se jogar                      Love was such an easy game to play
Agora eu preciso de um lugar pra me esconder     Now I need a place to hide away
Oh, eu acredito no passado                                    Oh, I believe in yesterday


Porque ela teve de partir eu não sei                       Why she had to go I don't know
Ela não me disse                                                     She wouldn't say
Algo errado e agora eu sinto falta                            I said something wrong now I long
Do ontem                                                                   


Ontem                                                                      Yesterday
O amor era um jogo fácil de se jogar                       Love was such an easy game to play
Agora eu preciso de um lugar pra me esconder      Now I need a place to hide away
Oh, eu acredito no passado                                     Oh, I believe in yesterday









* ARAÚJO, Paulo Cesar de. Roberto Carlos Em Detalhes. Capítulo 5; Página 


segunda-feira, 9 de abril de 2012

ET de Varginha

Por onde anda?




         Em uma tarde de sábado do ano de 1996, três meninas atravessam o terreno baldio de uma cidade no interior de Minas Gerais, quando são surpreendidas por um estranho ser agachado com braços compridos entre as pernas. Apavoradas, elas correm em direção às ruas movimentadas e gritam ter visto um ser assustador de olhos vermelhos com pela marrom viscosa. Aquela seria a primeira vez que a cidade de Varginha, sul de Minas, teria contato com um extraterrestre. 
        Após a primeira aparição, a semana de janeiro seguiria com uma série de relatos misteriosos que definitivamente colocariam o Brasil na rota dos roteiros ufológicos. Outros seres seria vistos por moradores, além de espaçonaves e um militar que teria morrido com uma infecção após entrar em contato com a estranha criatura.
       O caso Varginha mobilizou o país. Jornalistas, cientistas e militares começaram um série de investigações em torno da suposta criatura de outro planeta. O fascínio da história aumentava a cada novo fato difundido e aumentado, pela comunidade ufológica, que chegou a patrocinar uma romaria à cidade mineira. De acordo com uma das teorias divulgadas, "o Exército brasileiro junto com a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros teriam capturado em 20 de janeiro de 1996 duas criaturas e as conduzido para análises em hospitais e necropsias em Campinas, São Paulo". Para os ufólogos, esses fatos descobertos foram sonegados pelas instituições.





      Em uma outra versão, divulgada pelo governo, em documentos obtidos pela revista ISTOÉ, o suposto ET visto pelas irmãs Liliane e Valquiria Silva e Kátia Xavier seria na verdade um homem conhecido  como "Mudinho". No Inquérito Policial Militar (IPM), o tentente-coronel Lúcio Carlos Pereira afirma que  "Mudinho", na época com 30 anos,  seria morador do bairro Jardim Andere e sofría de transtornos mentais.  Por essa razão vivia vagando sujos pela cidade e catando coisas pelo chão como cigarros, galhos fazendo- ficar na mesma posição que o suposto ET.
       Na  época, em sentença contestada pelos ufólogos, o então promotor de Justiça Militar Antônio Ântero dos Santos determinou ser inverídicos os fatos atribuídos às instituições militares. Segundo ele, nenhum Órgão Estadual ou mesmo o Exército estiveram envolvidos na captura e ou transporte de ETs.
      Responsável pela Companhia de Manutenção e Transporte da Escola de Sargentos das Armas (ESA), de Três Corações, a unidade militar que estaria à frente da captura e do transporte dos ETs, o sargento Valdir Ernesto dos Santos teve de se explicar no IPM. E relatou que as viaturas do Exército estavam nas ruas porque, ainda por garantia, eram conduzidas à concessionária Automáco Comercial e Importadora, em Varginha, para fazer manutenção.
      Nos oito dias em que durou a sindicância, em maio de 1996, dentro da ESA, 23 militares foram interrogados. Já no IPM, que ocorreu durante os sete primeiros meses de 1997, oito autoridades – entre membros do Exército, Polícia Militar e Bombeiros – e três civis prestaram esclarecimentos. Um deles, o advogado e ufólogo Ubirajara Rodrigues que afirmou à ­ISTOÉ que sua postura não é mais a mesma de quando depôs no IPM. “Não há prova de que foi capturado um ser extraterrestre em Varginha”, diz ele.



Abaixo, VT com reportagem sobre o ET de Varginha.