Um dos principais percussionistas brasileiros e
bateristas da bossa nova, o carioca Milton Banana inovou com a sua batida
suave, sem estrondo, que conduz o público a uma viagem musical de muitos
cenários.
Nascido em 23 de abril 1935, o
músico Antônio de Souza, ou melhor, Milton Banana, autodidata, desde pequeno tinha interesse pela música, especialmente a
percussão inspirada na orquestra Tabajara. Era figura presente nas principais
boates cariocas da década de 50, tocando com grandes músicos brasileiros na
noites cariocas como Luís Eça, Johnny Alf, Roberto Menescal, Carlos
Lyra, Baden Powell, Sérgio Mendes, Luís Bonfá e Bola Sete, entre outros.
Mas é em 1959 que Milton colocará
seu nome no hall das estrelas nacionais que ganharão o mundo. Ao lado de Tom,
Vinícius e João Gilberto, Banana faz a gravação histórica de Chega de Saudade - disco que apresentará a bossa nova
como o novo estilo de cantar, tocar e ver o Brasil no cenário musical.
Acompanhados dos precursores da
bossa,em 1962, Banana participará do espetáculo Encontro produzido por
Aluísio de Oliveira, junto com os nomes da bossa e o grupo Os Cariocas na boate
Au Bon Gourmet - Rio de Janeiro.
Ainda no mesmo ano,
o baterista integrará o show da bossa do Carnegie Hall, em Nova
York. No ano seguinte, participa do disco Getz-Gilberto, disco clássico que une
a produção da bossa nacional ao jazz americano, sucesso de vendas. A partir de
então, segue em turnê com João Gilberto, João Donato ao piano e Tião Neto no
baixo.
Quando retorna ao Brasil, Banana
forma e lidera o grupo musical Milton Banana Trio, algo incomum até nos dias
atuais, pelo fato de um baterista liderar uma banda. A banda passará por várias
formações ao longo da carreira musical, gravando um total de 20 discos pelo
Odeon e pela gravadora RCA.
Alguns dos álbuns foram
regravados em cds como "Balançando com o Milton Banana Trio",
"Sambas de Bossa: Milton Banana", "Os Originais: Milton Banana
Trio" e "Ao Meu Amigo Tom".
Nenhum comentário:
Postar um comentário