segunda-feira, 9 de abril de 2012

ET de Varginha

Por onde anda?




         Em uma tarde de sábado do ano de 1996, três meninas atravessam o terreno baldio de uma cidade no interior de Minas Gerais, quando são surpreendidas por um estranho ser agachado com braços compridos entre as pernas. Apavoradas, elas correm em direção às ruas movimentadas e gritam ter visto um ser assustador de olhos vermelhos com pela marrom viscosa. Aquela seria a primeira vez que a cidade de Varginha, sul de Minas, teria contato com um extraterrestre. 
        Após a primeira aparição, a semana de janeiro seguiria com uma série de relatos misteriosos que definitivamente colocariam o Brasil na rota dos roteiros ufológicos. Outros seres seria vistos por moradores, além de espaçonaves e um militar que teria morrido com uma infecção após entrar em contato com a estranha criatura.
       O caso Varginha mobilizou o país. Jornalistas, cientistas e militares começaram um série de investigações em torno da suposta criatura de outro planeta. O fascínio da história aumentava a cada novo fato difundido e aumentado, pela comunidade ufológica, que chegou a patrocinar uma romaria à cidade mineira. De acordo com uma das teorias divulgadas, "o Exército brasileiro junto com a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros teriam capturado em 20 de janeiro de 1996 duas criaturas e as conduzido para análises em hospitais e necropsias em Campinas, São Paulo". Para os ufólogos, esses fatos descobertos foram sonegados pelas instituições.





      Em uma outra versão, divulgada pelo governo, em documentos obtidos pela revista ISTOÉ, o suposto ET visto pelas irmãs Liliane e Valquiria Silva e Kátia Xavier seria na verdade um homem conhecido  como "Mudinho". No Inquérito Policial Militar (IPM), o tentente-coronel Lúcio Carlos Pereira afirma que  "Mudinho", na época com 30 anos,  seria morador do bairro Jardim Andere e sofría de transtornos mentais.  Por essa razão vivia vagando sujos pela cidade e catando coisas pelo chão como cigarros, galhos fazendo- ficar na mesma posição que o suposto ET.
       Na  época, em sentença contestada pelos ufólogos, o então promotor de Justiça Militar Antônio Ântero dos Santos determinou ser inverídicos os fatos atribuídos às instituições militares. Segundo ele, nenhum Órgão Estadual ou mesmo o Exército estiveram envolvidos na captura e ou transporte de ETs.
      Responsável pela Companhia de Manutenção e Transporte da Escola de Sargentos das Armas (ESA), de Três Corações, a unidade militar que estaria à frente da captura e do transporte dos ETs, o sargento Valdir Ernesto dos Santos teve de se explicar no IPM. E relatou que as viaturas do Exército estavam nas ruas porque, ainda por garantia, eram conduzidas à concessionária Automáco Comercial e Importadora, em Varginha, para fazer manutenção.
      Nos oito dias em que durou a sindicância, em maio de 1996, dentro da ESA, 23 militares foram interrogados. Já no IPM, que ocorreu durante os sete primeiros meses de 1997, oito autoridades – entre membros do Exército, Polícia Militar e Bombeiros – e três civis prestaram esclarecimentos. Um deles, o advogado e ufólogo Ubirajara Rodrigues que afirmou à ­ISTOÉ que sua postura não é mais a mesma de quando depôs no IPM. “Não há prova de que foi capturado um ser extraterrestre em Varginha”, diz ele.



Abaixo, VT com reportagem sobre o ET de Varginha.

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