domingo, 18 de março de 2012

O poema de amor mais antigo remonta a 2 mil a.C


    Com seis centímetros de largura e dez cm de altura, o poema de amor mais antigo já encontrado cabe na palma da mão. As 29 linhas, em escrita cuneiforme, foram desenhadas sobre uma tabuleta de argila e resistem por mais de quatro mil anos.

    A tábua cuneiforme, em exposição no Museu Arqueológico de Istambul, foi encontrada em 1880, em Nippur, uma área que hoje é o Iraque. Durante muitos anos esteve esquecida em um canto modesto do museu até ser colocado em evidencia por uma empresa publicitária em comemoração ao Dia dos Namorados. Hoje, é o centro das atenções dos turistas que visitam o espaço.

     O poema, que remonta 2.025 a.C, foi feito para o Rei Shu Sin (2037 a 2029 a.C) quarto governante da terceira dinastia de Ur. Segundo historiadores, as palavras de amor foram feitas para celebrar o casamento entre o Rei e a deusa suméria do amor e da fertilidade, Inanna, representada por uma sacerdotisa. Durante o festejo, o poema teria sido entoado como forma de celebrar a união divina. O ritual acontecia no início de um novo ano na Mesopotâmia, que cai em torno do equinócio de primavera.

     Até hoje, não se sabe quem foi o autor, um dos primeiros a expressar o sentimento em palavras. Pelo que parece irá permanecer como um mistério assim como o assunto que o poema trata: o amor

Noivo caro, ao meu coração,
Agradável é a tua beleza, doce e mel 
Leão caro ao meu coração,
Agradável é a tua beleza, doce e mel.

Tu cativaste-me, deixe-me permanecer tremendo perante ti,
Noivo, eu deixaria que me levasse para o quarto,
Tu cativaste-me, deixa-me permanecer tremendo perante ti,
Leão, eu deixaria que me levasse para o quarto.

Noivo, Deixa que te acaricie,
A minha preciosa caricia é mais saborosa do que o mel,
No quarto, o mel corre,
Disfrutemos a tua agradável beleza,
Leão, deixa-me acariciar-te
A minha preciosa caricia é mais saborosa do que o mel.

Noivo, tu de mim tomaste o teu prazer
Diz á minha mãe, ela far-te-á gentilezas,
O meu pai, ele dar-te-á presentes.

O teu espírito, eu sei onde recriar o teu espírito,
Noivo, dorme na nossa casa até ao amanhecer,
O teu coração, eu sei onde alegrar o teu coração,
Leão, dorme na nossa casa até ao amanhecer.

Tu, por que me amas,
Dá-me o favor das tuas carícias,
Meu senhor deus, meu senhor protetor,
Meu Shu-Sin, que alegra o coração Enlil
Dá-me o favor das tuas carícias,

O teu lugar agradável como mel, por favor estende (a tua) mão sobre ele
Traz (a tua) mão sobre ele como um traje gishban,
Cola (a tua) mão sobre ele como um traje gishban-sikin,

Um comentário:

  1. Adorei seu blog... bastante interessante
    vou reproduzir post no meu blog (www. chavalzada.com)

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