segunda-feira, 26 de março de 2012

E do barro fez-se o artista



Considerado um dos maiores artistas populares do nordeste, Mestre Vitalino foi inspiração para muitos artesãos brasileiros que copiavam a técnica de traduzir no barro o duro cotidiano do agreste. Nascido em Caruaru, cidade do interior de Pernambuco, era filho de um lavrador e de uma artesã de panelas.

Foi com a mãe que Vitalino aprendeu a arte de modelar o barro. Aos 6 anos, começou a pegar as sobras das panelas que a mãe fabricava pra construir pequenos animais de fazenda. O que antes era brinquedo para o pequeno menino logo virou mais uma forma de renda para família, que vendia os objetos na conhecida feira de Caruaru.


De animais de fazenda, o jovem Vitalino passou a modelar humanos: homens, mulheres, crianças e famílias, todos personagens do Grande Sertão. Em um das exposições da arte na feira, o pintor Augusto Rodrigues fica encantado com as pequenas esculturas e convida Vitalino para expor o trabalho na 1a Exposição de Cerâmica Pernambucana, no Rio de Janeiro. A partir daí, Vitalino ganha projeção nacional e internacional.


Apesar de, como é de costume, o público brasileiro muitas vezes não conhecer os artistas nacionais, Vitalino tem mais de 100 peças em seu acervo dos mais diferentes tamanhos. Obras como Casa de Farinha, Lampião, Zambumba e Vaquejada que podem ser vistas em museus nacionais como Casa do Pontal, Chácara do Céu, no Rio de Janeiro;  Acervo Museológico UFPE em Recife e em Alto Moura e no Museu do Louvre, em Paris.


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